O texto abaixo fala sobre o termo "Cultura de Massa" e explica um pouco a sua criação.
A expressão ‘cultura de massa’, posteriormente trocada por ‘indústria cultural’,
 é aquela criada com um objetivo específico, atingir a massa popular, 
maioria no interior de uma população, transcendendo, assim, toda e 
qualquer distinção de natureza social, étnica, etária, sexual ou 
psíquica. Todo esse conteúdo é disseminado por meio dos veículos de comunicação de massa.
Os filósofos alemães, integrantes da Escola de Frankfurt
 – Theodor W. Adorno e Max Horkheimer -, foram os responsáveis pela 
criação do termo ‘Indústria Cultural’. Eles anteviam a forma negativa 
como a recém-criada mídia seria utilizada durante a Segunda Guerra Mundial. Aliás, eles eram de etnia judia, portanto sofreram dura perseguição dos nazistas e, para fugir deste contexto, partiram para os EUA.
Antes do advento da cultura de massa, havia diversas configurações 
culturais – a popular, em contraposição à erudita; a nacional, que 
entretecia a identidade de uma população; a cultura no sentido geral, 
definida como um conglomerado histórico de valores estéticos e morais; e
 outras tantas culturas que produziam diversificadas identidades 
populares.
Mas, com o nascimento do século XX e, com ele, dos novos meios de 
comunicação, estas modalidades culturais ficaram completamente 
submergidas sob o domínio da cultura de massa. Veículos como o cinema, o
 rádio e a televisão, ganharam notório destaque e se dedicaram, em 
grande parte, a homogeneizar os padrões da cultura.
Como esta cultura é, na verdade, produto de uma atividade econômica 
estruturada em larga escala, de estatura internacional, hoje global, ela
 está vinculada, inevitavelmente, ao poderoso capitalismo industrial e 
financeiro. A serviço deste sistema, ela oprime incessantemente as 
demais culturas, valorizando tão somente os gostos culturais da massa.
Outro importante pensador contemporâneo, o francês Edgar Morin, 
define a cultura de massa ou indústria cultural como uma elaboração do 
complexo industrial, um produto definido, padronizado, pronto para o 
consumo. Mas, ainda conforme este estudioso, uma industrialização 
secundária se processa paralelamente, mais sutil e, portanto, mais 
ardilosa, a da alma humana, pois ela ocorre nos planos imagético e 
onírico.
Esta cultura é hipnotizante, entorpecente, indutiva. Ela é 
introjetada no ser humano de tal forma, que se torna quase inevitável o 
seu consumo, principalmente se a massa não tem o seu olhar e a sua 
sensibilidade educados de forma apropriada, e o acesso indispensável à 
multiplicidade cultural e pedagógica. Com este manancial de recursos, é 
possível criar modalidades de resistência a essa cultura impositiva.
Do contrário, com os apelos desta indústria, personificados 
principalmente na esfera publicitária, principalmente aquela que se 
devota sem pudor ao sensacionalismo,
 é quase impossível resistir aos sabores visuais da avalanche de imagens
 e símbolos que inundam a mente humana o tempo todo. Este é o motor que 
move as engrenagens da indústria cultural e aliena as mentalidades 
despreparadas.
Fontes:
http://www.infoescola.com/sociedade/cultura-de-massa/
